Capas da 1ª edição do livro e da reedição de 1948.
Este livro é sem pretensão um romance histórico. De escritor que romanceia história do Brasil sem trair essa verdade histórica. Serve sua leitura para lembrar como se estratificou em nosso país o sentimento da independência. Através dessas belas páginas se narra, com arroubo, a vida de jovens da têmpera de Fernão de Alenquer, descendente de gente forjada no amor à terra onde cedo abrolhou a idéia de liberdade.
A linguagem castiça, à moda lusitana, por vezes elevada, de alguns
trechos, se alterna com o saboroso falar do povo que imprimiria à língua
e nacionalidade nascentes características próprias em terras de
América.
Não é só. O sentimento ardente do bom escritor que conhecia
e amava a história de sua pátria empresta vida aos personagens
desse Brasil do passado, simples e heróico, cuja lição
de bravura e consciência da nacionalidade é bem recordada à
geração atual, nesta fase de transição e amargura.
Oferecendo esta leitura aos novos no período das férias de 1953,
presta-lhes a Livraria-Editora da Casa do Estudante do Brasil um serviço,
além de oferecer-lhes uma leitura útil.
Fonte: Notas do editor in: SETTE, Mário. O Palanquim Dourado. 2a Edição. Rio de Janeiro: Livraria-Editora da Casa do Estudante do Brasil, 1953.